O lugar inusitado que os jogadores do Corinthians usaram de vestiário na Libertadores

O Corinthians enfrentou contratempos inesperados na preparação para o confronto contra o Barcelona de Guayaquil, nesta quarta-feira (5), pela terceira fase preliminar da Libertadores.

As intensas chuvas que atingiram a cidade equatoriana causaram alagamentos no Estádio Monumental Isidro Romero Carbo, prejudicando a estrutura do vestiário visitante e forçando o clube a buscar uma alternativa para que os jogadores pudessem se trocar antes da partida.

Vestiário alagado e adaptação às pressas

Ao chegar ao estádio, a delegação corintiana encontrou um cenário complicado. O vestiário destinado ao time estava completamente tomado pela água, inviabilizando seu uso para os preparativos do jogo.

Diante desse imprevisto, a solução encontrada foi transformar a sala de entrevistas coletivas em um vestiário provisório, onde os atletas puderam se equipar antes de irem a campo.

Imagens divulgadas pelo próprio clube mostraram as camisas organizadas no novo espaço improvisado. A precariedade das instalações gerou insatisfação entre os dirigentes do Corinthians, que criticaram as condições oferecidas para uma competição de nível continental.

Além do desconforto, a logística da equipe também foi afetada. Membros da comissão técnica, incluindo roupeiros e outros profissionais responsáveis pelo suporte aos jogadores, tiveram dificuldades para cumprir suas funções devido ao acesso limitado ao vestiário no horário habitual.

Apesar dos problemas, a Conmebol manteve a programação original e a partida começou no horário previsto, às 21h30 (de Brasília).

Mesmo com os desafios extracampo, o Corinthians manteve sua atenção voltada para o objetivo principal: conquistar uma vaga na fase de grupos da Libertadores. A equipe sabe da importância do confronto contra o Barcelona-EQU para o planejamento da temporada e trabalha para superar os obstáculos dentro e fora de campo.

O técnico Ramón Díaz e seus jogadores já esperavam um duelo complicado, devido à qualidade do adversário e às dificuldades de atuar fora de casa. No entanto, não contavam com problemas estruturais que pudessem atrapalhar a preparação. Apesar disso, o treinador reforçou a necessidade de manter a concentração e não deixar fatores externos influenciarem o desempenho da equipe.

O segundo e decisivo jogo do confronto acontecerá na próxima quarta-feira (12), na Neo Química Arena. O time que sair vencedor garantirá uma vaga na fase de grupos da Libertadores, enquanto o eliminado disputará a Copa Sul-Americana, competição de menor prestígio no continente.

O episódio envolvendo o Corinthians em Guayaquil não é um fato isolado na história da Libertadores. Ao longo dos anos, diversos times brasileiros e sul-americanos enfrentaram dificuldades estruturais ao jogar fora de seus países, principalmente em locais onde as condições climáticas são adversas e a infraestrutura deixa a desejar.

A Conmebol, entidade responsável pela organização do torneio, frequentemente recebe críticas pela falta de fiscalização rigorosa quanto às condições dos estádios. Muitos acreditam que situações como essa poderiam ser evitadas com regras mais claras e exigências mais rígidas para a liberação dos locais de jogo.

Apesar dos desafios enfrentados, o Corinthians manteve sua preparação e entrou em campo determinado a buscar um bom resultado no Equador. Para a partida de volta, o time contará com o apoio da Fiel Torcida na Neo Química Arena, onde espera reverter qualquer adversidade e garantir a classificação para a próxima fase da Libertadores.